“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Amyr Klink

domingo, 13 de novembro de 2011

Canoagem & Rapel




No dia 15 de outubro fui convidado pelos amigos da Confraria do Rapel para fazer um rapel na ponte Pelotas / Rio Grande. Decidi remar um pouco no mesmo dia e chegar lá de caiaque. Cheguei as 15h no Quadrado ( zona portuária) , onde encontrei um carro parado com um caiaque Hunter vermelho em cima. Logo o dono do caiaque, Emerson, se aproximou e conversamos um pouco sobre canoagem e vela.



As 16h , pedi ao Emerson para fazer uma foto minha e parti remando em direção a ponte. 

Foi uma remada curta até a ponte , apenas 1 km. 
Ao me aproximar da ponte férrea, escuto o som do trem se aproximando. Decidi esperar ele para fazer um vídeo em baixo da ponte com ele passando. Câmera na mão, trem passando e eu filmando. A correnteza no canal era forte , me afastando da ponte. Eu pausava a gravação , remava um pouco e voltava a gravar, até ficar bem embaixo da ponte. 

Lembrando que ja houve um acidente nesta ponte, onde o trem carregado de pedras indo para Rio Grande foi autorizado a passar na ponte que estava em manutenção e acabou caindo no canal. 

 Ficar embaixo da ponte com o trem passando, o barulho do metal , a ponte estremecendo , ainda lembrando do acidente , causa uma sensação única . Confira o pequeno vídeo abaixo:




Passando a ponte férrea logo avistei o pessoal fazendo rapel


Me aproximei da ponte e fui recebido pelos amigos Elaine e Rubem que estavam fazendo a segurança do pessoal que descia de rapel. Desembarquei do caiaque e fui convidado pela Elaine a subir na ponte pela corda, não me atrevi a tentar ascensão em corda sem nunca ter feito. Eu disse que não tinha condições e segui caminhando em direção a estrada para subir na ponte. No caminho dois cães avançaram em mim , tentei lembrar de algumas dicas do amigo Cristiano Castro que gosta bastante de cães e entende muito sobre o comportamento deles, mas na hora não me ocorreu nada, simplesmente fiquei parado vendo eles me cercarem um de cada flanco. Quando chegaram bem perto não me morderam, só ficaram me cheirando e recuaram um pouco como quem dissesse "Pode ir magrão, ta limpo!", segui caminhando e subi na ponte. Na ponte me aproximando do pessoal olhei para baixo e ja bateu a adrenalina.

 Cumprimentei a turma, Francisco, Laura, Gustavo , Fabrício...e mais convidados ...a turma era grande. Fiquei conversando com o Gustavo enquanto colocava o equipamento. Utilizei a cadeirinha de escalada dele, as luvas da Laura e capacete da Raquel. Estava com colete flutuador, essa descida podia até ser na água. 

Enquanto o Gustavo me ajudava a colocar a cadeirinha , ele falava "bah não tenho certeza se essa fita passa de novo aqui e ali..." , em seguida eu retruco: "Gustavo eu quero descer lentamente não instantaneamente".  Seguimos conversando sobre possíveis acidentes. Assunto não muito interessante de se tratar pouco antes da prática da atividade em questão. Francisco me avisou que estava liberado para a descida. Me aproximei , pedi para ele revisar meu equipamento e para treinar rapidamente em cima da ponte. Ele puxou um pouco a corda e eu simulei a descida em cima da ponte mesmo. Tudo pronto , hora da descida. Passei para o outro lado da lateral da ponte, fiquei em posição e comecei a descida com instrução do Francisco. 

Meu segundo rapel, nesse momento rola uma tremida nas pernas. 


Esse é um dos momentos mais interessantes, quando ficamos com os pés embaixo da ponte e com a cabeça para baixo. 

Depois é só tranquilidade, curtir a descida controlando a velocidade..
Os mais experientes descem de cabeça para baixo. 


Após descer ofereci o caiaque para o pessoal experimentar. O Fabrício foi o primeiro. Tirei o saco estanque e outros equipamentos do caiaque, pensando em uma possível capotagem. Tirei meu colete flutuador e emprestei para ele. Dei algumas instruções e dicas. Ele remou tranquilamente e não houve capotagem. O próximo foi o Francisco que chegou cheio de energia , colocou o colete e foi logo embarcando no caiaque. Amarrei ele através do colete com 15 m de corda. Ele percebeu e comentou:" Pô , ninguém bota fé em mim". Expliquei que era por questão de segurança, que se ele virasse eu teria dificuldade de buscar ele. Ele remou próximo ao barranco por onde fui acompanhando com a corda. Remou bem , com segurança e tranquilidade. 

Fabrício
Francisco ( Foto por Gustavo Limons)







Bela arte no local...

Pessoal descendo de cabeça para baixo


Final de tarde , a hora de apreciar o por do sol que estava se aproximando. E nada melhor do que curtir ele da água. Me despedi do pessoal , arrumei meu equipamento e fui para a água. 












Momento de parar de remar, relaxar, respirar fundo e observar....um por do sol desses é um presente.


Me aproximando do quadrado resolvi continuar remando , pois havia remado apenas 2 km's. 
Segui em direção ao Campus porto da Ufpel. 

Navio São Sebastião






Clube de Natação e Regatas Pelotense 




Ufpel Campus Porto




Hora de utilizar a lanterna de cabeça



No retorno senti o caiaque "pesado", era a correnteza contra, as águas do canal descendo em direção a lagoa dos Patos. 



Continuei remando até o quadrado, local onde deixei o carro.
Cheguei no quadrado após as 20h. Tinha diminuído bastante a quantidade de pessoas por lá. Havia uma movimentação suspeita , alguns curiosos se aproximaram e me senti um pouco vulnerável a um assalto.
Desci do caiaque , guardei meu equipamento rapidamente, desativei os sistemas anti-furto do meu velho e guerreiro golzinho e retornei para a casa sem problemas após fazer um rapel em boa companhia e remar 5,5 km's. 

Deixo aqui meu agradecimento aos membros da Confraria do Rapel que estão sempre divulgando o esporte e convidando as pessoas para experimentá-lo.

Grande Abraço a todos.

Anderson Chollet.   














  














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